Papagaios-charão dão espetáculo na Serra catarinense

Papagaios-charão dão espetáculo na Serra catarinense

Compartilhe:

Várias e impressionantes revoadas reunindo cada uma delas de 3 mil a 5 mil papagaios-charão, riscaram os céus de Urupema, pequeno município da Serra catarinense, neste final de semana, 21 e 22 de abril. Em terra, biólogos, observadores de aves procedentes de países como Inglaterra e Bélgica, fotógrafos passarinheiros de diversos estados brasileiros, políticos e moradores locais participavam do 7º Festival do Papagaio-Charão e o.do 5º Festival do Papagaio de Peito-Roxo. Nas palestras e debates o foco foi um só: o que fazer para transformar esses dois papagaios de altitude em símbolo de uma política de turismo sustentável capaz de alavancar a economia de Urupema e de cidades vizinhas.

Com sua exótica máscara vermelha num corpo coberto de penas verdes, o papagaio-charão trava uma guerra contra a devastação das florestas de araucária e a predação do homem no Sul do Brasil. Há cerca de uma década, através da ajuda de biólogos e ambientalistas, ele dribla a extinção migrando em bandos do Nordeste do Rio Grande do Sul para o Planalto Serrano de Santa Catarina. Até o inicio da década de 1990, praticamente não saía do Rio Grande do Sul, onde conseguia obter o pinhão, seu alimento preferido durante o outono e o inverno, bem como amplo espaço para reproduzir-se na primavera e no verão. Com a redução das matas nativas gaúchas, porém, os grupos foram obrigados a viajar mais longe em busca de comida.

Durante cinco meses, de março a julho, eles se fartam de pinhão num imenso corredor de 30 mil hectares situados nos municípios de Lages, São Joaquim, Painel, Urupema e Rio Rufino. E nesse cenário composto por montanhas gigantescas, vales, rios pontuados de corredeiras e paredões de pinheiros araucárias acabam protagonizando uma das mais belas exibições da vida silvestre do país.

Os festivais foram realizados no Clube 3 de Maio, no centro de Urupema, distante 207 quilômetros de Florianópolis. O município é conhecido por ser o mais frio do país.

Fotos: Antonio Carlos Mafalda

Compartilhe:

Compartilhe esta postagem

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *