Seca deixa à vista fósseis de 280 milhões de anos no norte de SC

Seca deixa à vista fósseis de 280 milhões de anos no norte de SC

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A severa estiagem que castiga Santa Catarina, ironicamente, teve seu lado positivo ao deixar à vista, no Planalto Norte, fósseis de mesossauro, réptil aquático que viveu há aproximadamente 280 milhões de anos, bem antes dos dinossauros (230 a 65 milhões de anos). As estruturas ficaram visíveis na medida em que a seca foi se intensificando no norte do Estado.
De acordo com o professor doutor Luiz Carlos Weischütz, coordenador do Cenpaleo (Centro Paleontológico da Universidade do Contestado) os fósseis já tinham sido observados na seca de 2018. E agora o morador Carlos Eduardo Fiolek, coordenador do Museu da cidade de Três Barras, a 361 a quilômetros de Florianópolis, foi quem primeiro comunicou a ocorrência através das mídias sociais. A rocha onde estão eles se encontram é um folhelho oleígeno, mais popularmente conhecido como xisto betuminoso.
Os mesossauros tinham hábitos aquáticos, atingiam até um metro de comprimento e viviam em grandes lagos com água de salobra a salgada provavelmente alimentando-se de pequenos crustáceos.
Segundo o professor Weischütz, quando eles estavam vivos, a América do Sul ainda se encontrava ligada à África, à Antártica, Índia e Austrália formando o continente Gondwana (parte sul do Pangeia).
Texto: Imara Stallbaum
Fotos: Antonio Carlos Mafalda

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