Linguiça Blumenau se transforma na 8ª Indicação Geográfica de SC
Depois de quatro anos de espera, a Linguiça Blumenau foi reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) oficialmente, como um ativo territorial exclusivo e oficial da região do Vale e Alto Vale do Itajaí. O produto acaba de receber o registro de Indicação Geográfica (IG), um selo concedido a produtos ou serviços que carregam características do seu local de origem, reputação, valor e identidade próprios, que o diferenciam em relação a seus similares disponíveis no mercado. O anúncio foi divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) nessa terça-feira (6-2).
– Ter o registro de Indicação Geográfica reforça a identidade e o vínculo do produto com o território. No caso da Linguiça Blumenau, há ainda a preservação e a proteção da receita original, que faz parte da história e do dia a dia da comunidade do Vale e Alto Vale catarinense. Por mais que no mundo inteiro se produzam linguiças, a receita em questão é exclusiva da região oficial da IG, que engloba 16 municípios do Estado. É um diferencial, que beneficia diretamente indústria e produtores, e, indiretamente, empreendedores de vários segmentos, como turismo e gastronomia – comemora Alan Claumann, gerente de Desenvolvimento Territorial do Sebrae/SC.
O pedido de reconhecimento da IG Linguiça Blumenau ocorreu em 2019, através da Associação das Indústrias Produtoras de Linguiça Blumenau (Alblu). Todo processo metodológico de construção do dossiê para encaminhamento ao INPI foi conduzido pelo Sebrae/SC.
Esforço coletivo – “Nosso produto é diferenciado, feito com carne nobre e agora terá o respeito que realmente merece”, enfatiza o presidente da entidade, João Rodrigues de Souza Júnior, para quem a maior conquista da associação foi “a união das indústrias produtoras”. Segundo ele, o próximo passo, “será fazer valer o cumprimento das regras de uso da Indicação Geográfica, seguindo todas as determinações da norma regulamentadora da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).
Além da Alblu e do Sebrae/SC, também estiveram envolvidas no processo de registro junto ao INPI a Secretaria estadual da Agricultura e as prefeituras de Blumenau, Gaspar, Indaial, Pomerode e Timbó.
A Mafalda Press acompanha há vários anos o processo de solicitação e de obtenção das IGs catarinenses, sobre as quais produz material jornalístico. São elas, por ordem cronológica: 1ª) vinhos de uva Goethe, dos vales da Uva Goethe (2012); 2ª) Banana da Região de Corupá (2018); 3ª) Queijo Artesanal Serrano dos Campos de Cima da Serra (2020); 4ª) Vinhos de Altitude de SC (2021); 5ª) Mel de Melato de Bracatinga (2021); 6ª) Maçã Fuji (2021) e 7ª) Erva-mate (2022.)
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