Além de sustentável, pomar de maçã orgânica é mais rentável
“A gente se sente realizado produzindo frutas puras”, afirma João Reichert, 65 anos, dono do sítio Sant´Anna adquirido há duas décadas por ele e pela esposa, Maria Beatriz Gáss Reichert, já falecida. Com 20 hectares, a propriedade fica em Boava, localidade distante 17 quilômetros do centro de São Joaquim. A primeira safra de maçãs ocorreu em 2004
Em contraste com a maioria dos pomares do município conhecido como a Capital da Maçã, lá são produzidas exclusivamente maçãs Gala e Fuji orgânicas. Foram 30 toneladas no ano passado, vendidas em sua totalidade para o litoral catarinense, onde fizeram a alegria dos consumidores ávidos por alimentos saudáveis e com menos impacto ambiental.
Trata-se de um negócio tão sustentável quanto rentável. Afinal, para os produtores convencionais registrarem faturamento semelhante ao de seu João necessitam produzir cinco vezes mais que ele. “A gente tem mais ou menos a relação de 5 por 1“, explica o produtor, membro do seleto grupo dos pouco menos de 1.500 agricultores orgânicos certificados em Santa Catarina
Há quase dois anos ele faz parte da Acolhida na Colônia e já recebeu dois grupos de 25 pessoas cada por conta da parceria. Veio gente de Florianópolis e de Criciúma participar do Portas Abertas, uma iniciativa que inclui o Colhe-Pague de maçã, mais a venda de produtos de seu João e dos vizinhos, como queijos, geleias, vinhos, sucos de uva e vinagre de maçã. Durante a visita o dono do sítio Sant´Anna conta a história da propriedade onde jamais foi plantada maçã convencional.
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