Dia do Manezinho enche o Centro de emoção, cultura e tradição

Dia do Manezinho enche o Centro de emoção, cultura e tradição

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Foi um verdadeiro resgate da cultura açoriana de Florianópolis. Essa foi a sensação de quem participou das comemorações do Dia do Manezinho, no sábado (1-6), no Centro da Capital catarinense. O epicentro das manifestações artísticas e culturais programadas para data, que homenageia os nativos da cidade, foi o Mercado Público e o Largo da Alfândega. Neste, várias benzedeiras e benzedeiros atendiam o público, uns usando galhos de arruda, outros cachimbos e rosários, em suas preces.

Compartilhando o mesmo espaço havia rendeiras com seus belos trabalhos de bilro, oleiros, artesãos de madeira, fazedores de cestos de cipó, atores se fazendo passar por manezinhos e manezinhas típicos, artistas plásticos expondo seus quadros inspirados na cultura manezês. Muito apropriado, o fundo musical ficou por conta da presidente da Fundação Franklin Cascaes, Roseli Pereira, que usou o microfone para estimular o público a entoar o hino de Florianópolis, Rancho de Amor à Ilha e várias outras canções manés, como A Ratoeira.

No Mercado Público, quem brilhou, merecidamente, foi o jornalista e escritor Aldírio Simões, falecido em janeiro de 2004 e homenageado com o livro ‘Aldírio Simões: o manezinho-maior’, de autoria de Ricardo Medeiros.

Aldírio costumava dizer que ser manezinho era um estado de espírito e atuou de forma significativa em defesa da cultura florianopolitana, desenvolvendo diversas atividades artísticas, folclóricas e carnavalescas à frente da Fundação Franklin Cascaes e da Fundação Catarinense de Cultura. Dois anos após sua morte, o Mercado Público, que ele adorava frequentar, foi batizado com seu nome, ou seja, daquele que é considerado o maior conhecedor da alma dos ilhéus.

Texto: Imara Stallbaum

Fotos: Antonio Carlos Mafalda

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