Açude com dois metros de profundidade vira fio d´água

Açude com dois metros de profundidade vira fio d´água

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Alfredo Reina não sabe dizer exatamente quando o açude existente em sua propriedade, na localidade de Lagoa dos Patos, entre os municípios de Iporã do Oeste e Itapiranga secou. Mas morando no lugar há 14 anos com a mulher, Ida, o pequeno produtor rural não tem dúvidas de que é uma vítima de uma das piores secas já registradas no Extremo Oeste de Santa Catarina. Graças a ela há dois meses foi obrigado a usar uma rede para fazer arrastão no açude e retirar os últimos peixes vivos da água.
Do açude no qual a parte mais profunda chegava a dois metros e servia a outras famílias, restou um fio de água onde hoje apenas uma marrequinha d`áqua consegue banhar-se. Os dois bois lavradores, estratégicos em toda a propriedade onde não há trator para arar a terra, que viviam soltos, agora ficam amarrados, pastando o que sobrou do capim. Três a quatro vezes por dia são conduzidos para matar a sede num cocho.
Diante de um cenário desesperador, o agricultor, que vive próximo ao Rio Uruguai, na divisa com o Rio Grande do Sul, arriscou uma grande cartada, financiando um mini poço artesiano, com 35 metros de profundidade, por R$10 mil em várias prestações. A novidade está garantindo a vida dos bois e outros animais, como a marrequinha, bem como da família.

Texto: Imara Stallbaum

Fotos: Antonio Carlos Mafalda

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